terça-feira, 17 de março de 2009

TENHA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL CUIDE DE SEU CORAÇÃO


PREVENÇÃO

Mais uma razão para você reduzir o consumo de carnes: proteínas conhecidas como fibrilas amilóides podem causar danos às células do cérebro e do pâncreas, aumentando o risco de doença de Alzheimer e diabetes tipo II. As fibrilas amilóides são encontradas nas carnes de mamíferos e de aves (principalmente no fígado) e não são destruídas mesmo quando expostas às altas temperaturas de cocção. Os animais formam as fibrilas amilóides durante o processo de abate em decorrência do estresse e da resposta inflamatória. O alimento com mais fibrilas amilóides conhecido é o patê de ganso (foie gras). Outras pesquisas vem sendo feito afim de correlacionar o consumo das fibrilas amilóides com a grave doença amiloidose.
Fonte: Michael Greger. Amyloid fibrils: potential food safety implications. Int. J. of Food Safety, Nutrition and Public Health, 2008. V. 1, n. 2, p. 103-115.

EMOÇÕES E O PESO

Pesquisadores norte-americanos mostraram - mais uma vez - que o peso não está ligado apenas aos hábitos alimentares mas também às emoções. Os resultados do estudo do Dr. Kaveh Ashrafi, do departamento de psicologia e do Centro de Diabetes da Universidade de Califórnia, foram publicados na edição de 04/06/08 da revista científica Cell Metabolism.
Níveis aumentados de serotonina causam perda de gordura e níveis diminuídos levam a ganho de gordura corpórea. Quando a serotonina está elevada comemos menos. O segredo é relaxar e comer menos.As tecnicas de relaxamento são essenciais já que quando estamos estressados produzimos hormônios que prejudicam a saúde dos neurônios. A persistência do estresse altera de tal forma a arquitetura dos circuitos neuronais que chega a modificar a própria anatomia cerebral.A ansiedade também prejudica a perda de peso pois pode depletar nutrientes importantes para a formação de neurotransmissores do prazer. Escolha bem seus alimentos pois os ricos em nutrientes podem diminuir a ansiedade e a compulsão alimentar. Opte então por alimentos mais coloridos. Varie bastante as frutas e verduras do cardápio, comprando preferencialmente os orgânicos. Alimentos como frutas vermelhas (morango, amora, melancia), brássicas (brócolis, couve-flor, couve) que ajudam na eliminação de toxinas, carboidratos integrais (ricos em minerais), fontes de triptofano (como banana verde e carnes magras), oleaginosas, ômega-3 (como peixes e linhaça), mel e alcachofra (alimentos prebióticos que melhoram a saúde do intestino aumentando a produção de serotonina).Aproveite também este esforço para mudança de hábitos e inclua atividade física em sua vida. Estes tem o poder de aumentar a liberação de endorfinas (hormônios relacionados ao prazer), porém tenha cuidado já que o excesso de exercício pode exercer efeitos contrários diminuindo os níveis de serotonina.Para saber mais:
Supriya Srinivasan, Leila Sadegh, Ida C. Elle, Anne G.L. Christensen, Nils J. Faergeman, and Kaveh Ashrafi. Serotonin Regulates C. elegans Fat and Feeding through Independent Molecular Mechanisms. Cell Metabolism, Vol 7, 533-544, 04 June 2008.

PERIGOS DA BATATA FRITA

Um novo estudo publicado na edição online de março/2009 do American Journal of Clinical Nutrition por pesquisadores poloneses confirma que a acrilamida dos alimentos fritos aumenta o risco de doenças do coração. O composto também já foi ligado por outros pesquisadores à desordens nervosas e ao câncer. Os participantes do estudo ingeriram batatas fritas diariamente por 4 semanas (com aproximadamente 157 microgramas de acrilamida). Após este período foi observado um aumento do LDL oxidado, marcadores inflamatórios e antioxidantes, que ao mesmo tempo em que ajudam na eliminação do composto, aumentam o risco cardiovascular. Você pode até protestar dizendo que não consome batata frita diariamente, porém lembre-se que bife, bolinho de bacalhau, mandioca frita, churrasco dentre outros alimentos também fornecem o indesejável componente. Apesar de a média de ingestão ficar entre 20 e 30 microgramas diários os efeitos a longo prazo são os mesmos do estudo de curto prazo com quantidades maiores. Por isto, outras pesquisas com certeza aparecerão afim de estudar o impacto da dieta habitual na saúde do coração porém continue evitando alimentos industrializados e fritos. e aumentando o consumo de frutas, verduras, cereais integrais. Há, também é essencial parar de fumar visto que o tabagismo é a principal fonte de acrilamida.
Referência: Naruszewicz et al. Chronic intake of potato chips in humans increases the production of reactive oxygen radicals by leukocytes and increases plasma C-reactive protein: a pilot study.
American Journal of Clinical Nutrition, 2009.

REFRIGERANTES E DOENÇAS CARDIOVASCULARES

Você sabia que indivíduos quem ingerem uma ou mais latas de refrigerante por dia tem um risco 50% maior de desenvolver a síndrome metabólica, uma precursora das doenças cardiovasculares? O mais interessante é que não importa se o refrigerante é normal ou diet, pelo menos é o que mostra um novo estudo publicado no Journal Circulation.
A síndrome metabólica é caracterizada por uma série de agravos a saúde, como o aumento da circunferência abdominal, baixos níveis de bom colesterol (HDL-c), pressão arterial elevada dentre outros e está fortemente ligada a doenças como derrames, infartos e diabetes.
O estudo avaliou 6000 indivíduos com risco para a síndrome metabólica. Após 4 anos de acompanhamenteo, 53% dos indivíduos que ingeriram um ou mais latas de refrigerantes ao dia desenvolveram a síndrome.
A associação americana de bebidas refuta o estudo dizendo que os resultados poderiam estar associados ao consumo de qualquer alimento ou bebida calórica e que os refrigerantes light, diet ou zero não tem associação com o ganho de peso e elevação da pressão sanguínea. Os autores do estudo enfatizam que não estão sugerindo um link direto entre o consumo das bebidas e a doença cardiovascular já que o consumo de bebidas pode estar associado também a outros fatores de risco que não foram objeto deste estudo como maior consumo de frituras e alimentos hipercalóricos e sedentarismo.
A
associação americana do coração respondeu às críticas ao estudo dizendo que é importante notar que o estudo não mostra que os refrigerantes causam doenças cardiovasculares e sim que indivíduos que ingerem mais refrigerantes tiveram um risco maior de desenvolvê-las.
Estudos anteriores já haviam demonstrado que o consumo de refrigerantes elevava o risco de sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes. Este novo estudo mostra o mesmo resultados em adultos. Agora é esperar novas pesquisas que descubram as causas e a relação entre as bebidas e os males à saúde.